Segue interpretação de texto para concursos e vestibulares.
Leia o texto para
responder às próximas 3 questões.
Sobre os perigos da
leitura
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente
da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um
sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da
qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa,
decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas.
Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que
haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma
ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos
os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava
trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais
deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o
oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de
falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os
pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante
toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios
pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se
interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela
cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
(Rubem Alves,
www.cuidardoser.com.br. Adaptado)
1- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - De acordo com o texto, os candidatos
(A) não tinham
assimilado suas leituras.
(B) só conheciam o
pensamento alheio.
(C) tinham projetos
de pesquisa deficientes.
(D) tinham perfeito
autocontrole.
(E) ficavam em fila,
esperando a vez.
2- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - O autor entende que os candidatos deveriam
(A) ter opiniões
próprias.
(B) ler os textos
requeridos.
(C) não ter
treinamento escolar.
(D) refletir sobre o
vazio.
(E) ter mais
equilíbrio.
3- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - A expressão “um vazio imenso” (3.º parágrafo)
refere-se a
(A) candidatos.
(B) pânico.
(C) eles.
(D) reação.
(E) esse campo.
Leia o texto para
responder às próximas 3 questões.
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou
no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de 31
países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados – do ponto
de vista temporal, bem entendido – do mundo. Foram analisadas a velocidade com
que as pessoas percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os
brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral,
os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por
países pobres.
O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços
culturais de um país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é
dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais
importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos”, diz o
psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a
maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois
do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros
são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não
ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no
transporte público?
(Veja, 02.12.2009)
4- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - De acordo com o texto, os brasileiros são piores do que outros
povos em
(A) eficiência de
correios e andar a pé.
(B) ajuste de
relógios e andar a pé.
(C) marcar
compromissos fora de hora.
(D) criar desculpas
para atrasos.
(E) dar satisfações por atrasos.
5- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - Pondo foco no processo de coesão textual do 2.º
parágrafo, pode-se concluir que Levine é um
(A) jornalista.
(B) economista.
(C) cronometrista.
(D) ensaísta.
(E) psicólogo.
6- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o
significado de
(A) bebida feita com
derivado de pinho.
(B) ausência de
convite para dançar.
(C) longa espera para
conseguir assento.
(D) ficar sentado
esperando o chá.
(E) longa espera em
diferentes situações.
Leia o texto para
responder às próximas 4 questões.
Zelosa com sua imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a bola
da mão, em uma das suas publicidades, do atacante francês Thierry Henry,
garoto-propaganda da marca com quem tem um contrato de 8,4 milhões de dólares
anuais. A jogada previne os efeitos desastrosos para vendas de seus produtos,
depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a bola com a mão, para
ajudar no gol que classificou a França para a Copa do Mundo de 2010. (...)
Na França, onde 8 em cada dez franceses reprovam o gesto irregular,
Thierry aparece com a mão no bolso. Os publicitários franceses acham que o gato
subiu no telhado. A Gillette prepara o rompimento do contrato. O serviço de
comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette, diz que
não.
Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça
não tivesse acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance,
sua publicidade.
Segundo lista da revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de
futebol que mais lucra com a publicidade – seus contratos somam 28 milhões de
dólares anuais. (...)
(Veja,
02.11.2009. Adaptado)
7- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - A palavra jogada, em – A jogada previne os efeitos
desastrosos para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de
(A) Thierry Henry ter
dado um passe com a mão para o gol da França.
(B) a Gillette ter
modificado a publicidade do futebolista francês.
(C) a Gillete não
concordar com que a França dispute a Copa do Mundo.
(D) Thierry Henry
ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda.
(E) a FIFA não ter
cancelado o jogo em que a França se classificou.
8- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - A expressão o gato subiu no telhado é parte de
uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abruptamente ao
marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter dito isso aos
poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado, depois, que tinha
caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão, a expressão pode ser
interpretada da seguinte maneira:
(A) foi com a “mão do
gato” que Thierry assegurou a classificação da França.
(B) Thierry era um
bom jogador antes de ter agido com má fé.
(C) a Gillette já
cortou, de fato, o contrato com o jogador francês.
(D) a Fifa reprovou
amplamente a atitude antiesportiva de Thierry Henry.
(E) a situação de
Thierry, como garoto-propaganda da Gillette, ficou instável.
9- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - A expressão diz que não, no final do 2.º
parágrafo, significa que
(A) a Procter &
Gamble nega o rompimento do contrato.
(B) o jogo em que a
França se classificou deve ser refeito.
(C) a repercussão na
França foi bastaPnte negativa.
(D) a Procter &
Gamble é proprietária da Gillette.
(E) os publicitários
franceses se opõem a Thierry.
10- (TJ/SP – 2010 –
VUNESP) - Segundo a revista Forbes,
(A) Thierry deverá
perder muito dinheiro daqui para frente.
(B) há três jogadores
que faturam mais que Thierry em publicidade.
(C) o jogador francês
possui contratos publicitários milionários.
(D) o ganho de
Thierry, somado à publicidade, ultrapassa 28 milhões.
(E) é um absurdo o
que o jogador ganha com o futebol e a publicidade.
As 2 questões a
seguir baseiam-se no texto abaixo.
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o
polêmico artigo "Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto
ganhou a capa da revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais
lidos de seu website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What
the internet is doing with our brains, um livro instrutivo e
provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor tradição dos livros de
disseminação científica.
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais
estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no caso da
internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar
reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos científicos
sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a internet está provocando
danos em partes do cérebro que constituem a base do que entendemos como
inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a sentimentos como compaixão e
piedade.
O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes
estímulos, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos
e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No entanto,
esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar nossa memória de longa
duração e estabelecer raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a
dificuldade que muitos de nós, depois de anos de exposição à internet, agora
experimentam diante de textos mais longos e elaborados: as sensações de
impaciência e de sonolência, com base em estudos científicos sobre o impacto da
internet no cérebro humano. Segundo o autor, quando navegamos na rede,
"entramos em um ambiente que promove uma leitura apressada, rasa e
distraída, e um aprendizado superficial."
A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação
do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga gigantesca
de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes são afetadas. E
não se trata apenas de pequenas alterações, mas de mudanças substanciais
físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção vem à custa da capacidade de
concentração e de reflexão.
(Thomaz Wood
Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações)
11- (MP/RS – 2010 –
FCC) - O assunto do texto está corretamente resumido em:
(A) O uso da internet
deveria motivar reações contrárias de inúmeros especialistas, a exemplo de
Nicholas Carr, que procura descobrir as conexões entre raciocínio lógico e
estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro.
(B) O mundo virtual
oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de diversas capacidades
cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa navegação, ainda pouco
estudadas e explicitadas em termos científicos.
(C) Segundo Nicholas
Carr, o uso frequente da internet produz alterações no funcionamento do
cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraídas, comprometendo a
formulação de raciocínios mais sofisticados.
(D) Usar a internet
estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percepção e de domínio de
assuntos diversificados e de formatos diferenciados de textos, que permitem uma
leitura dinâmica e de acordo com o interesse do usuário.
(E) O novo livro de
Nicholas Carr, a ser publicado, desperta a curiosidade do leitor pelo
tratamento ficcional que seu autor aplica a situações concretas do
funcionamento do cérebro, trazidas pelo uso disseminado da internet.
12- (MP/RS – 2010 –
FCC) - Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros
fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito
estridentes. O autor, para embasar a opinião exposta no 2o parágrafo,
(A) se vale da enorme
projeção conferida ao pesquisador antes citado, ironicamente oferecida pela
própria internet, em seu website.
(B) apoia-se nas
conclusões de Nicholas Carr, baseadas em dezenas de estudos científicos
sobre o funcionamento do cérebro humano.
(C) condena, desde o
início, as novas tecnologias, cujo uso indiscriminado vem provocando
danos em partes do cérebro.
(D) considera, como base
inicial de constatação a respeito do uso da internet, que ela nos torna menos sensíveis
a sentimentos como compaixão e piedade.
(E) questiona a
ausência de fundamentos científicos que, no caso da
internet, [...] deveriam, sim, provocar reações muito estridentes.
As 2 questões a
seguir baseiam-se no texto abaixo.
Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das
regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem cada vez
mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como mostram dados do
Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência, congestionamentos,
acidentes, poluição e altos custos de manutenção da malha viária passaram a
fazer parte da lista dos principais problemas desses municípios.
Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais,
baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas
aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilidade de crédito e
a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm colaborado para a
realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros desses municípios
passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas distâncias, mesmo
perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos alertas das autoridades sobre
os danos provocados ao meio ambiente pelo aumento da frota.
Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para milhões de
brasileiros de todas as regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em segundo
lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo o país, um crescimento de 66% nos
últimos nove anos. Não por acaso oito Estados já registram mais mortes por
acidentes no trânsito do que por homicídios.
(O Estado de S.
Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setembro de 2010, com
adaptações)
13- (MP/RS – 2010 –
FCC) - Não por acaso oito Estados já registram mais mortes por
acidentes no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final do
texto surge como
(A) constatação
baseada no fato de que os brasileiros desejam possuir um carro, mas
perdem muito tempo em congestionamentos.
(B) observação
irônica quanto aos problemas decorrentes do aumento na utilização de carros,
com danos provocados ao meio ambiente.
(C) comprovação de
que a compra de um carro é sinônimo de status e, por isso,
constitui o maior sonho de consumo do brasileiro.
(D) hipótese de que a
vida nas cidades menores tem perdido qualidade, pois os brasileiros
desses municípios passaram a utilizar seus carros até para
percorrercurtas distâncias.
(E) conclusão
coerente com todo o desenvolvimento, a partir de um título que poderia
ser: Carro, problema que se agrava.
14- (MP/RS – 2010 –
FCC) - As ideias mais importantes contidas no 2o parágrafo constam,
com lógica e correção, de:
(A) A facilidade de
crédito e a isenção de impostos são alguns elementos que tem colaborado para a
realização do sonho de ter um carro nas cidades menores, e os brasileiros
desses municípios passaram a utilizar seus carros para percorrer curtas
distâncias, além dos congestionamentos e dos alertas das autoridades sobre os
danos provocados ao meio ambiente pelo aumento da frota.
(B) Cidades menores
tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos em
razão da facilidade de crédito e da isenção de impostos, elementos que têm
colaborado para a aquisição de carros que passaram a ser utilizados até mesmo
para percorrer curtas distâncias, apesar dos congestionamentos e dos alertas
das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente.
(C) O menor custo de
vida em cidades menores, com baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais
alto, aumentaram suas frotas em progressão geométrica nos últimos anos, com a
facilidade de crédito e a isenção de impostos, que são alguns dos elementos que
têm colaborado para a realização do sonho dos brasileiros de ter um carro.
(D) É nas cidades
menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice de
desemprego e poder aquisitivo mais alto, que tiveram suas frotas aumentadas em
progressão geométrica nos últimos anos pela facilidade de crédito e a isenção
de impostos são alguns dos elementos que tem colaborado para a realização do
sonho de ter um carro.
(E) Os brasileiros de
cidades menores passaram até a percorrer curtas distâncias com seus carros,
pela facilidade de crédito e a isenção de impostos, que são elementos que têm
colaborado para a realização do sonho de tê-los, e com custo de vida menos
elevado que o das capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais
alto, tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos.
Leia o texto para
responder às próximas 4 questões.
Os eletrônicos
“verdes”
Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é
politicamente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a
Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas
recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com
certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na
fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de
garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia ganhou
corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do Eco Book que exibe
revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem uma importante
diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de sua produção e
utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de
consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI (tecnologia da
informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono
na atmosfera.
Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela
Comunidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá
adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir os
custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade
do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão
espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor ter-se
uma imagem de empresa sustentável.
O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve
Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era
duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente
prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado
em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de
vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à
sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de
café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel
no local indicado e se despeje a borra de café no cartucho – o equipamento não
é ligado em tomada e sua energia provém de ação mecânica transformada em
energia elétrica a partir de um gerador. Se pensarmos em quantos cafezinhos são
tomados diariamente em grandes empresas, dá para satisfazer perfeitamente a
demanda da impressora.
(Luciana Sgarbi,
Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)
15- (CREMESP – 2011 -
VUNESP) - Leia o trecho: Vai bem a convivência entre a indústria
de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. É
correto afirmar que a frase inicial do texto pode ser interpretada como
(A) a união das
empresas Motorola e RITI Coffee Printer para criar um novo celular com fibra de
bambu.
(B) a criação de um
equipamento eletrônico com estrutura de vidro que evita a emissão de dióxido de
carbono na atmosfera.
(C) o aumento na
venda de celulares feitos com CarbonFree, depois que as empresas nacionais se
uniram à fabricante taiwanesa.
(D) o compromisso
firmado entre a empresa Apple e consultoria Gartner Group para criar celulares
sem o uso de carbono.
(E) a preocupação de
algumas empresas em criarem aparelhos eletrônicos que não agridam o meio
ambiente.
16- (CREMESP – 2011 -
VUNESP) - Em – Computadores “limpos” fazem uma importante diferença
no efeito estufa... – a expressão entre aspas pode ser substituída, sem alterar
o sentido no texto, por:
(A) com material
reciclado.
(B) feitos com
garrafas plásticas.
(C) com arquivos de
bambu.
(D) feitos com
materiais retirados da natureza.
(E) com teclado feito
de alumínio.
17- (CREMESP – 2011 -
VUNESP) - A partir da leitura do texto, pode-se concluir que
(A) as pesquisas na
área de TI ainda estão em fase inicial.
(B) os consumidores
de eletrônicos não se preocupam com o material com que são feitos.
(C) atualmente, a
indústria de eletrônicos leva em conta o efeito estufa.
(D) os laptops feitos
com fibra de bambu têm maior durabilidade.
(E) equipamentos
ecologicamente corretos não têm um mercado de vendas assegurado.
18- (CREMESP – 2011 -
VUNESP) - O presidente da Apple, Steve Jobs,
(A) preocupa-se com o
carbono emitido na fabricação de produtos eletrônicos.
(B) pesquisa acerca
do uso de bambu em teclados de laptops.
(C) descobriu que
impressoras cujos cartuchos são de borra de chá não duram muito.
(D) responsabiliza a
fabricação de celulares pelas emissões de dióxido de carbono no meio ambiente.
(E) está de acordo
com outras empresas a favor do uso de materiais recicláveis em eletrônicos.
19- (CREMESP – 2011 -
VUNESP) - No texto, o estudo realizado pela Comunidade do Vale do
Silício
(A) é o primeiro
passo para a implantação de laptops feitos com tiras de bambu.
(B) contribuirá para
que haja mais lucro nas empresas, com redução de custos.
(C) ainda está
pesquisando acerca do uso de mercúrio em eletrônicos.
(D) será decisivo
para evitar o efeito estufa na atmosfera.
(E) permite a criação
de uma impressora que funciona com energia mecânica.
Leia o texto para
responder à questão a seguir.
Quanto veneno tem
nossa comida?
Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga
escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. No
campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais
apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que apenas
consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães,
alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado desses testes
e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau de resíduos do
pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos para cada cultura. Esses
valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. Alguns
alimentos têm excesso de resíduos, outros têm resíduos de agrotóxicos que nem
deveriam estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão prejudiciais,
porque em geral não ultrapassam os limites que o corpo humano aguenta. O maior
problema é que eles se somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.
(Francine Lima,
Revista Época, 09.08.2010)
20- (CREMESP – 2011 -
VUNESP) - Com a leitura do texto, pode-se afirmar que
(A) segundo testes
feitos em animais, os agrotóxicos causam intoxicações.
(B) a produção em
larga escala de pesticidas sintéticos tem ocasionado doenças incuráveis.
(C) as pessoas que
ingerem resíduos de agrotóxicos são mais propensas a terem doenças de estômago.
(D) os resíduos de
agrotóxicos nos alimentos podem causar danos ao organismo.
(E) os cientistas descobriram que os
alimentos in natura têm menos resíduos de agrotóxicos.
Fonte: gramatiquice
Gabarito
1- b 2- a 3- e 4- b 5-e 6-e 7-b 8-e 9-a 10- c 11-c 12-b 13-e 14-b 15- e
16- a 17-c 18- e 19- b 20- d